quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Luiz Carlos Porto - 1983



Luiz Carlos Porto partiu de Fortaleza para o Rio de Janeiro em setembro de 1972, para participar do VII Festival Internacional da Canção, onde Raymundo Fagner teve destaque com a canção “4 Graus” e o cantor Raul Seixas lançou a sua bem sucedida carreira musical.
O roqueiro cearense defendeu a canção “O Pente”, sua parceria com Fernando Vale (Fernando Gordo), na segunda rodada da eliminatória.
Apesar de não seguir adiante no festival, em 1974, Luiz Carlos Porto volta à Cidade Maravilhosa, desta vez com o intuito de formar uma banda. Lá ele encontra Gabriel O’Meara, guitarrista, Carlos Scart, baixista, Constant Papineanu, tecladista, e Geraldo D’Arbilly, baterista. Assim a banda O PESO estava formada. Eles, então, começaram a fazer shows, mas como banda de apoio do cantor paraibano Zé Ramalho.
Mais tarde a banda O Peso partiu para carreira solo, chegando a gravar o disco “Em Busca do tempo perdido”, um clássico do rock nacional; um LP muito disputado entre os colecionadores.
A banda O Peso também foi destaque com sua participação no Festival Hollywood Rock, em 11 de janeiro de 1975, um show organizado por Nelson Motta com a colaboração de Erasmo Carlos. A performance da banda foi filmada e entrou na edição final do filme “Ritmo Alucinante”, que traz os destaques do evento realizado no campo do Botafogo. (Confira o link abaixo)
O único disco solo de Luiz Carlos Porto foi gravado em 1983, depois de um período de reclusão do cantor, com a produção do veterano Marcelo Sessekind, guitarrista da banda Herva Doce e do cantor Lulu Santos. O LP foi lançado pelo selo Polygram e não chegou a emplacar, tornando-se apenas um item de coleção.
Mais tarde, um CD independente com uma dobradinha dos discos foi lançado, porém pouco divulgado e vendido apenas em redutos reservados a roqueiros e colecionadores. Este lançamento motivou a volta da banda, que chegou a fazer alguns concertos pelo Rio de Janeiro, mas sem o esperado sucesso.
O último show do roqueiro cearense Luiz Carlos Porto de que se tem notícia foi no ano de 2001, no extinto The Wall Bar Cultural, em Fortaleza, produzido pelo amigo, roqueiro e fã Laerte Duarte. O cantor, meio debilitado, tinha que se ausentar diversas vezes do palco para ir ao camarim para se recompor, mas valeu a pena ver o velho roqueiro de volta à ativa, com grandes sucessos do O Peso e clássicos do rock’n roll.

Confira a ficha técnica do CD:

Luiz Carlos Porto (1983)
PolyGram


Faixas:
01 - Você me olhou (não há porque chorar)
02 - Se não fosse essa canção
03 - Estrelas no céu
04 - Amanheceu, o dia vai brilhar
05 - Vejo o dia amanhecer
06 - Pra bem longe
07 - Acordei sonhado
08 - Não acredito mais em ninguém
09 - Eu só quero amar (Um pouco mais)
10 - Não sei chorar

(Todas as canções foram compostas por Luiz Carlos Porto)

Músicos:
Peninha - Bateria
Roberto Darbill - Baixo
Marcelo Sussekind - Guitarra
Julinho - Piano/ Teclados
Marinho – Saxofone
Arranjos – Marcelo Sussekind e Luiz Carlos Porto
Foto – Alexandre Salgado

Gravado e Mixado nos Estúdios Reunidos – São Paulo – Outono de 1983

Backing Vocals
Regina, Rosana, Gracinha, Guarnieri, João Carlos e André Melito


ASSISTA "RITMO ALUCINANTE" AQUI

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

AMOROCRATAS


Nossa primeira postagem é sobre uma das bandas de rock mais influentes da década de 1980 em Fortaleza. Rock and Roll puro, tanto nos elementos musicais, quanto no comportamento, sempre com letras arrojadas e ousadas, que nos faziam pensar, e acordes eletrizantes.
A banda Amorocratas levou o seu show Rockonvite aos principais bares da cidade, com destaque para o bar Duques & Barões, que fez história na noite cearense das décadas de 1980 e 1990.
Em suas várias fases, a banda contou com grandes músicos da cena cearense. Chegou a ter Cristiano Pinho na guitarra solo, Edmundo Júnior no baixo, enquanto Luis Antônio Alencar fazia as guitarras base e contra-solo, deixando a bateria para o veterano Elder. Mais tarde, contou também com Gersinho Amorelli na guitarra. Nesta fase, apresentaram-se em recantos tradicionais de Fortaleza, como o bar London, London, o anfiteatro da Volta da Jurema e o festival de rock do BNB Clube.
Em 1991 entraram no único estúdio profissional da cidade, o consagrado Pró-Áudio, para registrar suas principais canções num disco de vinil, que hoje é disputado por colecionadores de todo o Brasil. O LP Paranormal, que traz no título umas das principais canções do disco, traz oito músicas que passeiam do rock'n roll à balada e até ao blues. 
Para a gravação do disco , a banda foi formada por Mano Chayb nos vocais, Luis Antônio Alencar no baixo e nos vocais, Aldemir Rocha, o Mimi, na guitarra solo e nos arranjos e Jorge Rabay na bateria.
Segundo Mimi Rocha, em entrevista a este blog, a banda chegou a começar a gravação de um CD, deixando quatro faixas inacabadas, mas, devido a outros compromissos profissionais mais urgentes, acabaram abandonando o projeto.

Vamos à ficha técnica:
1 - Amor Infinito (Mano Chayb e Luis Antônio)
2 - Paranormal (Mano Chayb e Luis Antônio)
3 - Fissura de Amor (Luis Antônio e Wady Chayb)
4 - Rockonvite (Mano Chayb e Luis Antônio)
5 - Bomba de Amor (Mano Chayb e Luis Antônio)
6 - Intrigas (Mano Chayb e Luis Antônio)
7 - Bebum Blus (Mano Chayb e Luis Antônio)
8 - Aventura Suburbana (Mano Chayb e Luis Antônio)


Engenheiros de som - Ronaldo Pessôa e Marcílio Mendonça
Mixagem - Marcílio Mendonça
Produção - Amorocratas
Arranjos - Mimi Rocha e Amorocratas
Lay-Out e Arte Final - Nilton Jair
Fotos - Paulo Senna e Ricardo Damito
Gravado no Estúdio Pró-Áudio - Fortaleza, Ceará
Prensagem - SONY Music (Rio de Janeiro)
AGRADECIMENTOS-
Sarmento Menezes, Ana Maria Vale, José Newton Freitas, Simone Freitas, Fernando Gabriel Damasi, Luis Miguel Caldas, Kildare Rios, Ester Barbosa Riomar.

Curiosidades-
O LP traz menção aos patrocinadores SBA Propaganda e REPÚBLICA DO JEANS.

OUÇA O DISCO AQUI:

https://www.youtube.com/watch?v=ydR8Ig3NoSc